sábado, 3 de julho de 2010

Só confabulação

Proponho-me a desconstruir, o fato, o ato, a ação.
Proponho-me ao tato, ao fato, ser um peão.
Proponho-me a luta, ao canto, virai-vos tartaruga!

Não proponho nada, que nada? Um fato, um ato, um tato?
Não, eis a questão.
Para tudo isso perpasso, distraio, viajo.
Tudo por um ato, um tato, um fato, uma vida de ilusão?

Não. 
E então?
Sobra-me a ação, um peão, uma visão.
Lutar contra a alienação? e por que não?

Ora, por que a vida não se escolhe, é vida, é tradição, é ação.
Então por que não tentar com a mão? Ação, claro: visão.
Tudo procrastinação. Mas e então?
Espero viver na frente, olhar pro alto, lutar, morrer, não somos filhos da revolução?
Ah, mas assim só nos resta uma opção: a transformação!

Proponho-me a tudo então, o fato, o ato e a ação.
O que seria tudo isso sem o tato, o ato seria em vão.
Assim então prefiro viver da teorização à desilusão.
Da criação  e da inovação?
Sim. Viver pra que sem a ilusão?

Prefiro ser idealista, projetista, calculista, marxista,
bom será o dia da revolução!


Pedro Andrade


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