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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Desafios para o 52º CONUNE: O Movimento Mudança na luta pela democratização da Educação brasileira

Tema central para o movimento estudantil, não é necessário falar que Educação é a base da cadeia de discussão política dentro de todo nosso movimento. Desta bandeira há o desdobramento de todas as lutas encampadas pela Gloriosa União Nacional dos Estudantes e o movimento estudantil.

Dentro desta perspectiva, durante anos a UNE e toda a sua rede de militantes e entidades que a compõem, lutam para estabelecer uma educação que possa responder aos anseios de um mundo e de uma sociedade que consiga dialogar para além da ótica de mercado. Uma educação que possa acomodar perfeitamente os anseios libertários do movimento estudantil, o aprendizado técnico e a emancipação da sociedade através da democratização do saber.

Entretanto a ditadura empresarial-militar e a sua repressão frente aos movimentos sociais, que golpeou toda tentativa de progresso e emancipação dos seres humanos, ajudaram a difundir e estruturar o poder do sistema financeiro nacional, o poder midiático de consumo e a coerção do Estado para com os projetos destoantes da elite dominante. Além disso, o neoliberalismo advindo da abertura política e que provocou a dispersão e virtualização da sociedade, o individualismo e a aversão para com toda organização política; trazem um grande desafio para o movimento estudantil e conseqüentemente para a União Nacional dos estudantes.

Principalmente neste novo momento que passamos no Brasil em que a abertura política, o fortalecimentos das instituições, o alargamento da democracia e o crescimento econômico com distribuição de renda que foram conquistados no governo LULA I e LULA II, e que tendem a ser aprofundado no governo Dilma.

Entre os grandes desafios deste novo paradigma que o Brasil vive e que o movimento estudantil e a UNE devem enfrentar ainda neste início de década para que possamos influenciar de fato nos rumos de uma nova sociedade comprometida com o desenvolvimento do país, a distribuição de riquezas e o nivelamento das injustiças com a emancipação do ser humano, estão:

- Reverter o quadro de dispersão social na sociedade envolvendo cada vez mais alunos na luta pela construção da entidade e do movimento estudantil. Isso só será possível quando buscarmos cada vez mais irmos de encontro a cada curso e faculdade deste país para fazer luta desde a base do movimento estudantil, os CA’s e DCE’s, até a União nacional dos estudantes. É preciso pensar também em um novo sistema de eleição da diretoria da entidade, de plenária final e de espaços nacionais de luta e mobilização, que além de serem mais atrativo para o estudante, consigam trazer a luta da universidade no dia-dia, para a pauta nacional. Por isso defendemos as Diretas, só ela poderá resolver nosso problema de aproximação da entidade nacional com o cotidiano dos estudantes.

- Construir uma nova ótica que rompa com a educação tecnicista em que o objetivo final é preparar para o mercado, sendo a universidade apenas um meio para atingir este objetivo e não um fim para a democratização do saber e a emancipação da sociedade;

- Provocar a aprovação de um projeto em que a educação brasileira, em sua política de longo prazo, venha ter cada vez mais espaço para democracia interna, mais recursos pra valorização do magistério, mais espaço para que o estudante se sinta bem dentro da universidade, além da retomada da responsabilidade pelo Estado na educação para que tenhamos cada vez mais universidades públicas e para que o ensino privado seja enfim regulamentado.

A UNE na luta pela aprovação do PNE

Não é possível conseguirmos isso sem que o PNE seja aprovado com as 59 emendas que a UNE encaminhou ao parlamento, principalmente as que destinam 10% do PIB e 50% do fundo social do pré-sal para a educação, expansão do ensino superior em 40% garantindo 60% deste total em matrículas na rede pública, criação do fundo nacional de assistência estudantil com 2% das verbas do MEC para atender a demanda das universidades públicas e 2% do lucro líquido das IES particulares para atender aos seus alunos, a gestão democrática e principalmente a regulamentação do setor privado que vem dia-a-dia transformando a educação em mercadoria e as universidades em empresas transnacionais.

Democratização da Educação já! Por uma educação de todas e de todos nós!

Por isso tudo o Movimento Mudança traz como um grande desafio ao 52º CONUNE que será realizado na cidade de Goiânia entre os dias 13 e 17 de julho, a democratização da educação.

Só uma política educacional que garanta mecanismos democráticos de participação, em que cada comunidade acadêmica possa interferir na política de sua instituição através de mecanismos de consulta como o orçamento participativo, a gestão democrática com eleições em todas as instâncias, além da transparência e publicidade dos atos dados, é que podemos de fato avançar na formulação de uma educação verdadeiramente comprometida com a sociedade. Uma educação que consiga dialogar tacitamente com a rebeldia da juventude e um compromisso de País.

Estamos vivendo um novo ciclo em que o ano de 2011 será definidor para o Brasil que queremos nos próximos 10 ou 20 anos.

Escolher o caminho errado, sem ouvir os estudantes e sem criar mecanismos de ampla participação e democratização da informação tanto na UNE quanto em cada IES do país, levará o Brasil a perder a oportunidade mais esperada de sua história: A revolução através da educação que levará o ser humano e não o capital a ser o centro de qualquer ação, tornando-se um país mais humano, justo e solidário.

Cabe a União Nacional dos Estudantes, neste fórum máximo de sua existência, garantir que todos os estudantes do Brasil, venham pactuar a nossa luta por este novo tipo de educação que queremos ter; Uma educação que além de preparar a sociedade que irá desenvolver o país do futuro, preparará também o ser humano que racionaliza recursos, que pensa o meio ambiente como fator determinante nas suas decisões, que respeita e trabalha lado a lado com as diferenças e minorias, que se vê no outro e que iguale as condições entre os homens.

Sabemos, entretanto, que não será o 52º CONUNE que irá trazer para nós, estudantes brasileiros, todas as respostas por nossos anseios, mas, sem dúvida deverá ser ele quem dará o norte para o caminho que buscamos.

Que venha o 52º CONUNE da UNE, pela democratização da educação e da informação e por uma UNE que consiga agregar as massas estudantis nesta luta!



Movimento Mudança
O importante é o movimento!






São Paulo, Anhangabaú - 13 de abril de 2011

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Análise da Ética e da Justica segundo Kant

Kant se diferencia de Aristóteles e Tomas de Aquino ao conceber uma ética que erige da autonomia da vontade, entenda-se a liberdade, como base inabalável da moralidade. É a vontade que se auto-legisla e confere a si própria a norma do agir moral. A razão é a vontade, é a prática do agir moral. Desta forma pela razão da vontade o homem torna-se senhor de si.

A ética é colocada como norma da moralidade; uma norma imperativa e categórica que vai determinar o agir moral do homem.

Kant tem como objetivo desvencilhar a razão da irracionalidade e trazê-la para um lugar de destaque em que qualquer idéia de justiça e ética passa por ela.

Isso é preciso por que o homem possui em sua raiz um mal (aquele em que sendo o homem finito, esta sujeito as inclinações de sua natureza limitada). Por isso a norma então viria como um imperativo moral para cercar as resistências humanas. A lei seria um dever moral do homem justo.

A questão é que ao contrário de Aristóteles que reconcilia a moral com a sensibilidade, Kant circunscreve a moral ao reino da prática em que a sensibilidade nada tem a ver com as inclinações empíricas. Tanto é que o reino da sensibilidade nunca poderá fornecer um princípio moral universalmente válido.

Para Kant então só a boa vontade ligada a razão é que pode ser considerado algo bom. Kant inclui como imperativo o dever moral, pois, não sendo o homem espontaneamente moral é preciso que haja um comando, e a este se dá o nome de imperativo categórico; uma imposição da vontade de agir conforme o dever.

Para ele, o homem deve agir unicamente segundo a “máxima que te leve a querer ao mesmo tempo que ela se torne lei universal”. Esta máxima por sua vez seriam os princípios práticos, subjetivos de cada sujeito. A partir da ação, ou seja, da expressão de vontade, esta adquire um caráter objetivo, tornando-se uma lei prática.

Moralidade para Kant é a) a vontade livre que se auto-determina conforme as regras que a máxima dá b) a vontade livre só é possível conforme as exigências do imperativo categórico e este por sua vez é quem controla a moralidade das ações objetivas.

A moralidade então é a vontade livre de ser feliz. Dessa forma busca alcançar uma máxima que possa servir de lei universal ou princípio de determinação moral do homem. A única forma para isso seria a atuação legislativa das máximas. A vontade teria em sua forma mais pura a lei, uma vontade subjetiva, expressa em norma, perfeita e que terá seu cumprimento objetivo.

A ética por sua vez, em Kant, tem uma idéia de obediência à lei. O exercício da liberdade é possível desde que se respeite a liberdade de outrem.

Sabe-se também que Kant, igualmente a Aristóteles, ligou o homem a política. Sua diferenciação está na não exigência de virtudes subjetivas para alcançar a justiça, apenas no cumprimento do que a lei delimita como sendo exercício externo de liberdade. Dessa forma aborda a vida política pelo direito, normativamente.

Tendo em vista que todos os homens são livres na mesma profundidade, o grande problema está na administração legal da liberdade humana.

Assim, seria dever dos homens, respeitar a ordem dos princípios dos direitos humanos, aqueles que já são inerentes a ele, e que a ordem legal tem apenas o dever de reconhecê-los e ampará-los com títulos jurídicos.

Dessa forma o homem levaria o Direito ao estado racional do ser, em que as condições que o arbítrio de um, pode unir-se ao arbítrio de outro segundo uma lei universal que é a liberdade, ou seja, a liberdade de um vai até aquele em que a liberdade de outro é preciso coexistir.

 
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 Kant consegue redefinir noções de ética e justiça sendo antropocêntrico. Não busca na transcendência explicações para a realidade humana nem culpa ao homem a razão de nossos problemas, muito pelo contrário, tenda desenvolver através da racionalidade própria e imanente, uma busca por uma ética e justiça social. Seu grande problema é a falta de reconciliação entre a razão e a liberdade do homem, com a sua transcendência. Ao invocar a razão para o homem superior e impor a ele obediência a vontade livre racional e normativa, desconecta este de seu corpo, de sua ligação com aquilo que está fora de sua mera condição. Ao fazer isso, defendendo o normativismo e o enrijecimento do direito natural, Kant imutabiliza as condições inatas do homem, contribuindo para a existência hoje de uma concepção de diretos humanos que não evolui na mesma rapidez que a história do homem, provocando grande disparidade entre o que a lei protege e o que de fato acontece.

domingo, 13 de junho de 2010

O esquecimento do Ser.

Para cumprir a rotina de postagens quinzenais, Aqui Vamos lá... (Essa falta de tempo ainda me mata.)

Gostaria de analisar um tema pouco abordado em nossa humanidade - o seu avanço. Em pleno século XXI, caminhamos fortemente no desenvolvimento de novas ciências e tecnologias, mas, não conseguimos avançar com a mesma velocidade quando o assunto é o ser humano.

Seja pelo advento da Revolução Industrial ou pelo avanço do Capitalismo, nossa sociedade tem cada vez mais caminhado para o isolamento. O próprio John Donne no século XIX já se via preocupado com o isolamento da humanidade ao afirmar que nenhum homem é uma ilha isolada.

A globalização não cumpriu sua promessa de integração social, muito menos de fortificação das pessoas, pelo contrário, apesar de ter aumentado exponencialmente as relações econômicas entre países e homens, esta, proliferou fortemente pensamentos como o de que “tempo é dinheiro” do Sr. Benjamin Franklin. Assim, as pessoas na sua busca por dinheiro, se viram intrinsecamente ligadas a sua ascensão pessoal e se tornaram cada vez mais confusas, individuais e isoladas.


A promessa de que dinheiro traz felicidade se mostrou um engodo. Nunca tivemos tantas doenças da "alma" como stress, depressão, solidão, pânico, desolação.
O preço deste progresso calculado em números é a exclusão dos que estão fora da lógica de mercado, o aprisionamento e frustração da alma e a inversão de valores.
O homem, ao se pautar neste sistema "político-econômico-social" baseado na méritocracia e no pagamento de dinheiro pela produção, coloca de lado o único aspecto que o diferencia do animal - a capacidade de raciocinar e se inter-relacionar.

Quando avançamos em nossas relações econômicas onde a lógica final sempre é o lucro, esquecemos de nossa capacidade única de se integrar com os outros de nossa espécie, pois, tornamos o homem mero adquirente de produto. O ser humano deixa de ser causa e se torna fim. Ele já não mais é homem, apenas número. Não mais se integra, formaliza contratos.

O capitalismo é implacável, não quer saber dos aspectos físicos, econômicos e psicológico do homem, quer lucrar. Assim se preciso for, esquecerá da pessoa humana para recuperar seu capital. Vemos todos os dias pessoas que se suicidam por estarem insolventes e devedoras, que assassinam por dinheiro, que marginalizam os que não são de sua classe, que não se preocupam com a humanidade.

Culpa deles? Não. É a lógica do Capital que torna o homem egoísta, mesquinho e preocupado consigo.  O sistema do lucrar para viver pois só assim é possível, leva as pessoas a tomarem atitudes inerentes a sua vontade.O  instinto do homem, sempre tenderá para colocá-lo  primeiro do que o outro no estado de necessidade, no mundo capitalista  é ou lucro e próspero, ou divido e “quebro”.

Essa concepção de lucro e consumo precisa ser mudada se quisermos resolver o principal problema do homem moderno – a inserção dos excluídos e marginalizados, na sociedade, o resgate do ser, e o fim do mercado capitalista que subjetiva o homem e o torna número, mercadoria, factóide.



                                                                                                                                        Pedro Luiz 








domingo, 27 de dezembro de 2009

Ser humano ou Ser zumbi? I'm Back!

Puta merda é excelentemente bom escrever.

Já havia algum tempo que eu estava tentando recuperar o meu login e senha do blog, mas havia algum tipo de bloqueio mental que não me permitia lembrá-los.

Ainda bem que hoje por espasmos sensoriais (eu acho), pude lembrar e acessar o Dialeto Urbano.

Estive off-line esses últimos meses.

Já disse aqui que quando se está feliz, não se tem muitos motivos para escrever.

Também disse que a felicidade infelizmente nunca é pra sempre! E, quer saber, tinha acertado...

Não tenho nem a breve intenção de explicar o porquê dessa certeza.

Basto-me a dizer que o mundo nem sempre é colorido e vibrante como simples idealistas como Eu imaginam.

Há crueldade, malícia, falta de respeito e cumplicidade e há no final de tudo um sumiço e duas palavras depois de procurado: Estou cansado. Simples assim não? Não. Seja como for, estou feliz em poder escrever.
Minhas habilidades oratórias se resumem em montar um circo para apresentar os personagens ou minhas idéias revolucionárias. Quando o assunto sou Eu, não consigo me abrir. A escrita ajuda a expor meus sentimentos e me sentir melhor.

De hoje em diante, será postado nesse blog novamente, matérias da vida urbana. Da minha vida urbana preferencialmente. Depois, das minhas filosofias, crenças e formas de ver o mundo e o cotidiano da vida.

Se sintam desobrigados de ler ou me seguir. Não quero um blog Poser, quero pessoas que tenham a sensibilidade, a cultura e o sentimento aflorados.
Pessoas que acreditam que o melhor das outras sempre é maior que o pior (ainda que se enganem sempre), pois só assim podemos viver tranqüilos e sem medos e receios.

Pessoas que estão dispostas a meter a cara no aprendizado, nas boas conversas e na arte que é a vida.

Esse Feriado de Natal foi para atualizar minha playlist, rever algumas musicas perdidas com o “PT” do meu notebook, descobrir bandas e achar aquelas músicas que você sempre quis ouvir, mas não as tinha ou não sabia seus nomes.

Parei para pensar: como Deus pode punir com o inferno algo tão belo? Musicas que são verdadeiras obras de arte, únicas, cada tom, cada ritmo, cada letra, não há adjetivos.

E não falamos de música, podemos falar de esculturas de concreto, obras cinematográficas, desenvolvimento da medicina, autos de teatro.

O mundo é belo. O ser humano que o empobrece, o deixa feio e cinzento.

Aqueles sem caráter, escrúpulos e/ou falta de pensar no outro, estes são os culpados.

Cheguei à seguinte conclusão: A única coisa que nos diferencia de fato de um animal, e nos torna seres humanos, é a capacidade de raciocinar, e raciocinar pensando no outro, naquele que passou meses ao seu lado, ou em quem você sequer conhece.

Quando não fazemos isso, perdemos a nossa única característica, aquilo que nos diferencia de todos os outros animais - Ser um SER humano (desculpe o possível pleonasmo, foi proposital.)

Infelizmente, faltam seres humanos e há uma infinidade de zumbis se me permitem, pessoas sem perspectiva, sem razão de existir, cheia de poses, que vivem para sair e não saem para viver, pessoas que não gozam cada momento como único mas apenas criticam e choram pelos possíveis momentos perdidos de momentaneidade e artificialidade de uma noite.

Para estes, apenas um sinto muito. É bom viver sabendo o motivo da minha existência, sabendo aproveitar as coisas simples e crendo no ser humano.

Dá pra bater a cabeça no travesseiro e dormir, sem relaxantes ou drogas, sem aparências, sendo apenas você mesmo.

Obrigado a você que faz parte da humanidade de Fato e compreende o que escrevi. Para o que não entendeu, mude. Você já é um zumbi, pobre e artificial.