segunda-feira, 25 de julho de 2011

Resumo do Ensaio: A Transcendência do Ser e seu ciclo Imatéria x Matéria x Imatéria, a Religião Marxiana!

Há muito tempo tenho falado que não sou Marxista, sou Marxiano. Não me fecho nos dogmatismos da doutrina para fazer as análises históricas e minhas sínteses diárias. Se fosse, partiria da máxima relacionada ao principio da materialidade das coisas.

Tal conceito figura muito simples: A história nasce no homem e morre no homem, é imanente. Isso trouxe sério danos de má interpretação marxista em que religião era o ópio do povo e Deus não existia.

Pequena sandice. Além de se mostrar equivocada haja vista tamanha complexidade do Ser humano, tal conceito se mostra insuficiente para conseguir confortar a alma humana num cenário de sociedade comunista, sem religião.

Marx nunca quis abandonar o povo de sua crença. Só achava que a religião era fruto para alienação da sociedade e grande prejudicial para o desenvolvimento intelectual do proletariado. Isso não nego. Então qual seria a solução? Negar a imanência em Marx e aplicar sua lógica dialética histórica na transcendência.

Não cabe aqui resolver o problema de crença do homem em como TUDO originou mas em poder analisar que o mundo imaterial não passa de Demiurgo do mundo Real que fora criado primeiro e desestimulado, criou o segundo. Contribuindo para construir uma religião revolucionária, própria, íntima e não reguladora onde na realidade, a vida espiritual não passa de uma vida de homens na não-matéria.

É muito simples, todas as construções divinas e sobrenaturais que construímos, nunca negou a aparência humana de tais sujeitos. Não negou por que não há como imaginar outra coisa que não seja o próprio homem numa mentalidade humana.

No final, o mundo espiritual é o mundo da Crença, da Linguagem. Um mundo em que o desenvolvimento do homem é tal onde sua lógica material, vícios, defeitos e limitações desaparecem para surgir o divino, o limpo, a perfeição. Não se entenda divino como bom, mas como transcendente.

A vida por ser um ciclo se demonstra em continuidade, logo, suas escolhas aqui na terra fazem sim a diferença. Sua formação não acontece num momento, numa noite. Ela aqui na terra é a continuação desse ciclo - Há opção. Ao morrer num estilo de vida, se continua com ele no mundo espiritual. Não falo aqui de riquezas ou qualquer outra matéria, falo do que o Homem decidiu atribuir como Bom ou Mal.

Dessa forma nada é de se espantar que na ótica divina apresentada, há Homens que por imaginarmos o mundo sob o víes cristão de antítese, se convenciou chamar de Diabos e Deuses, que vão para o Céu ou o Inferno.

Ora meu DÉUUUS, não é tão simples? O transcendente é a reprodução do mundo real na imatéria.
No entanto, há que se perguntar: Então por que não ficamos na imatéria, no perfeito, no evoluído, no imortal?

TEORIA DO CONTRATUALISMO PARA FORMAÇÃO DA MATÉRIA

Quem disse que não ficamos? Estamos há zilhões de anos. Entretanto, num momento qualquer que pode ser único ou gradual, a sociedade da não-matéria, resolveu se tornal tal.  Era preciso dar um pausa no acontecer dos fatos, era preciso buscar uma alternativa de rejuvenescimento e escolhas a uma civilização que não tinha mais ambições e anseios de vida.

Neste momento, se organiza a explosão da grande energia, da linguagem, da não matéria que originou o tudo através de sua primeira dialética – O Big Bang.

De lá pra cá o ciclo não se esgota. São mais de 4.5 bilhões de anos e a vida continua evoluindo e se desenvolvendo.

Qual é a parte boa nisso? Sua vida espiritual é sua, não pertence a UM Deus, a igreja. Faça das suas escolhas a razão da sua vida aqui e na Não-matéria. Os homens são os donos da sua história, seja aqui ou no plano espiritual.

Marx se fecha e cai como uma luva, libertando e tirando milhões da alienação, liberando as pessoas para serem donas do seu próprio destino e capacitando-as para desenvolver um nível de consciência plena na implantação do Comunismoo. Esse não virá no ato unilateral, virá no estado de consciência dos povos.

Para tanto é preciso disputar a hegemonia cultural dos povos e prepara-los para continuar o ciclo da vida eterno e constante, em plena evolução...

Pedro Teixeira
(continua)