quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Eleições 2012, a prática é critério da verdade


2012 caminha para a redefinição da correlação de forças no Espírito Santo. Os partidos que se uniram em torno do combate ao crime organizado, do controle das finanças e da eficiência da máquina publica, debate capitalizado por Paulo Hartung e seu bloco histórico vêem com a subida de CASAGRANDE ao poder e a redefinição das alianças do PT em Vitória, uma brecha para reorganizar seus leques de alianças. Resultado de uma várzea ideológica que temos no multipartidarismo brasileiro.

O descolamento do campo orbital petista de setores ligados à Paulo Hartung, sinaliza que na Geopolítica do ex-governador, política boa é mesmo a que caminha em vôo solo, de preferência o seu.  

O Partido dos Trabalhadores, para ter sucesso em sua candidatura e viabilizar IRINY neste cenário, além de ter que torná-la mais flexível a outros setores e grupos que não seja o seu para montar sua coalizão, principalmente interna.

Precisa urgentemente contrapor e apresentar as diferenças do seu modo de fazer governo e política em relação a todos os outros partidos.

Na era Hartung, O Estado insistiu em continuar com um modelo de desenvolvimento de matriz bruta, com pouco valor agregado e com pouco desenvolvimento tecnológico. Insistimos em abrigar em nossa terra mega-projetos de poluição e impacto para o Estado, ao invés de incentivarmos a organização de pólos de inovação e tecnologia de ponta.

Insistimos em não ter um modelo alternativo ao comodities-exportador, nem buscamos crescer de forma sustentável e antenada com a imposição que uma nova ordem global nos coloca. Insistimos em achar que aqui somos uma ilha, no melhor estilo John Donne de não ser.

Optamos em deixar os grandes debates e as grandes decisões para o futuro, pensando que talvez ele nunca chegaria.

Tal decisão, além de ser de caso pensado, nos obriga a contraditoriamente finalmente em 2012 caminhar em lados opostos ao de Paulo Hartung.

O isolamento do PT na “Geopolítica, precisa vir acompanhado por concepções claras de diferenças de projeto e de visão para a máquina pública capixaba.  A começar na cidade de Vitória.

Em dois mandatos a frente da cidade, Vitória virou referência em gestão eficiente (ganhando inúmeros prêmios e servindo de know how em políticas públicas no Brasil),investimento recorde em gastos sociais (tendo cerca de metade de seu orçamento nesta temática) e investimento em infra-estrutura. 

O desafio para o PT é conseguir reavivar a militância, “botar o bloco na rua”, construir seu projeto de governo desafiador e mostrar a toda a população capixaba a diferença da administração petista frente aos desmandos neoliberais.  

Os índices recordes de aprovação do Governo Dilma só existem por que lá atrás, definimos nossos aliados e aqueles que representam o atraso.

No Espírito Santo essa é a hora de chamar  a população para a necessidade de aprofundarmos a Vitória de Todos, principalmente dos desamparados pelo mercado, pela crise neoliberal e por essa política arcaica de concentração de renda na exportação e nos abastados de Vitória.

Essa é a hora da população analisar com lupa os dois projetos de cidade e de Estado que nos é colocado e perceber que a era Hartung de acordãos precisa chegar ao fim.


Pedro Teixeira
Secretário Estadual da Juventude do PT/ES

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