domingo, 22 de março de 2009

O jogo do poder no chamado País - Brasil

Quero falar sobre injustiças.

Estava lendo o Blog do Josias, um blog focado em política brasileira.
Bom, antes disso já havia acompanhado a novela - Banqueiro/Bandido Daniel Dantas e Delegado/Criminoso Protógenes Queiroz.

É uma injustiça transformar um servidor público num criminoso e o criminoso numa vítima.

Não há na história do nosso País registros de o judiciário ter concedido 2 habeas corpus seguidos. Quem dera na Suprema Corte e de maneira tão rápida.


As acusações feitas pelo delegado: 16 bilhões de desvios no mínimo, sem contar com paraísos fiscais, as mais altas esperas do poder no País participando de um esquema por uma década e meia, favorecimento de informações, lavagem de dinheiro, etc...

Acusações feitas pela corregedoria da PF e já encaminhadas: Uso de grampos ilegais e vazamento de informações confidenciais.

É fato que a operação foi uma mega atração com direito a cobertura televisionada, radiofonada e "webvisionada" (neologismo de minha autoria), que o delegado está se posicionando politicamente para uma candidatura em 2010 e apostando alto(Presidência da República, ou mais precisamente Vice-Presidência com Heloísa Helena do PSOL.); e que provavelmente deve ter existido grampos sem autorização judicial.

Mas, pera lá, condenar um servidor por fazer seu trabalho e de uma forma tão concisa e inocentar um esquema tão grande e sujo?

A verdadeira questão é que o delegado estava levando esta investigação, sem conhecimento prévio da alta cúpula do Ministério da Justiça. Quando estourou a operação, deve ter sido um reboliço no gabinete do ministro, a ordem era: TENTAR COLAR OS CACOS QUEBRADOS.
É isso que está acontecendo. A operação foi muito grande, pode atingir muita gente importante e não há consenso no governo para permitir outro escândalo ao apagar das luzes da era Lula e sendo necessário se fazer um sucessor.
O objetivo principal nesses 19 meses de governo é: MANTER A IMAGEM E POPULARIDADE DO GOVERNO E DO PRESIDENTE BLINDADA DE QUALQUER MÁCULA e a qualquer custo. Nessa prerrogativa entra a expulsão do Delegado dos quadros da PF.
O estopim para essa decisão foi sem dúvida a carta mandada pelo Sr. Protógenes de Queiroz a ninguém menos que o Presidente negro e figura pop, Barack Hussein Obama.
Isso mesmo, a carta pode ser lida in suma neste link: http://protogenescontraacorrupcao.ning.com/profiles/blogs/carta-ao-presidente-obama
Este é o link da página da web do "promoter" do combate a corrupção e defensor da moral e soberania do país (como se auto-intitula) Protógenes Queiroz.

Sua expulsão é dada como certa no Ministério da justiça e na cúpula da Polícia Federal.
Até por que, foi uma idiotice e falta de amadurecimento do delegado mandar uma carta dessa envergadura a outro País e sim; manchar a soberania nacional e suas instituições.

O que quero deixar registrado é:
O Brasil ainda não está preparado para conduzir uma investigação que atinja os interesses da nossa elite com autonomia e irrestrições protéicas.

Uma pena, avançamos no desenvolvimento econômico e social, mas ainda sofremos as ameaças dos herdeiros da elite que condenaram Getúlio Vargas, João Goulart e Juscelino Kubitschek e se alavancaram na Ditadura militar se perdurando até hoje.

Outra verdade: A classe política não almeja isso. Pois dessa forma, quando algo é descoberto, pode ser facilmente tampado, excluído, removido e execrado como uma lepra, uma infecção que não pode continuar e atrapalhar o jogo do poder.

Iria escrever sobre injustiças pessoais, mas acabei mudando o rumo da coisa e apelando para a macro-injustiça que paira sobre nosso País desde os tempos do início da República.

Vivemos num estado constante de sítio, onde a elite não precisa obedecer nossa Constituição.

Pedro Luiz

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