Nesta quarta-feira estudantes e cidadãos saíram às ruas protestando contra o aumento da passagem. Estavam indignados com o recente aumento na passagem do TRANSCOL que com o subsídio, foi para R$ 3,05 onde R$ 0,60 são pagos pelo Governo Estadual.
A JPT é contra esse aumento por entender que nas últimas manifestações realizadas em 2011, o Governo concordou em não aumentar a passagem no ano de 2012 sem antes conversar com os estudantes. Fato que não ocorreu.
A catarse entre a manifestação e a queima de um ônibus, não pode ser criminalizada.
Há décadas a juventude e o movimento estudantil reivindica seu espaço como protagonista nas lutas de seu tempo e como cidadãos com voz e direitos.
A própria pauta em defesa do passe livre para os estudantes e de um transporte público de qualidade é resultado de anos de manifestações contra o modelo de transporte público que prioriza as empresas concessionárias e estimula o uso de veículos emissores de carbono sobre rodas ao invés de outros modais mais modernos e sustentáveis como o Aquaviário, o VLT e a ciclovia.
A própria pauta em defesa do passe livre para os estudantes e de um transporte público de qualidade é resultado de anos de manifestações contra o modelo de transporte público que prioriza as empresas concessionárias e estimula o uso de veículos emissores de carbono sobre rodas ao invés de outros modais mais modernos e sustentáveis como o Aquaviário, o VLT e a ciclovia.
O Estado já teve um rompante de quebra do monopólio com o Aquaviário que imediatamente foi desativado.
O Sistema Transcol precisa ser revisto juntamente com todo o sistema de mobilidade urbana do Estado. É inadmissível que numa região metropolitana com mais de 1,5 milhões de pessoas, o único meio de transporte seja o ônibus.
O Governo ao invés de aumentar a passagem, pode desonerar os custos da tarifa cortando impostos do diesel, dos pneus e de componentes rodoviários.
Além disso, pode diminuir os juros dos empréstimos para compra de novos ônibus da frota TRANSCOL e assim mantê-lo viável sem aumentar tarifa.
É preciso uma auditoria no modelo de contrato que subsidia a fixação da tarifa. Além disso, o governo precisa executar urgentemente projetos que diversifiquem e acabe com o monopólio do transporte público na Grande Vitória.
Quanto aos eminentes protestos e mobilizações é urgente uma reavaliação profunda na condução das manifestações e da relação do governo com o movimento.
É preciso que além de disponibilidade para o diálogo, haja disposição real em ceder e melhorar a vida de toda a população.
É preciso que além de disponibilidade para o diálogo, haja disposição real em ceder e melhorar a vida de toda a população.
Não aceitaremos que estudantes e o movimento social sejam criminalizados. É irrevogável e foi conquistado a duras penas, mortes e torturas o direito à manifestação, desde que ela ocorra de forma pacífica. Deste direito não abrimos mão.
Todo apoio a população em defesa de um transporte público mais eficiente, humano, de qualidade e que não se baseie exclusivamente no sistema rodoviário.
Todo apoio aos estudantes que ousam consertar o que está errado quando tudo parece ser tão certo.
Cidade de Vitória,
Executiva Estadual da JPT
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