quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

CAÇA AS BRUXAS!

É engraçado como o nível de reprocidade e contentamento das pessoas acabam na primeira necessidade de ajuda.
Vou contar-lhe uma estória que está pressa na minha garganta à alguns meses.
Quando decide criar o Grêmio no ano passado, realmente tinha o objetivo de tornar a escola um lugar melhor.
Sem despotismo centralizado, injustiças, má qualidade no ensino e falta de estrutura.
Uma escola que realmente atendesse a um sistema democrático, justo e que tornassem alunos e professores felizes! com vontade de trabalhar. Utopia? creio que sim. Mas concerteza, boa parte disso consegui fazer nestes 2 anos.
E o que eu ganho de retribuição? Dos alunos, atenção, companheirismo, amizades, entendimento e acima de tudo respeito. coisas que nunca imaginei que poderia conseseguir de pessoas que na "piramide hierárquica" são "iguais" a mim.
Dos professores? claro há professores que estáo comigo desde o início, alias, tecnicamente eu estou com eles uma vez que eles já estavam lá antes de eu chegar, mas enfim deles, ou da grande maioria recebi o respeito e o entendimento do que fiz.
Mas o que me surpreendeu foram professores que entraram neste ano e que acabaram de sair de uma universidade(tecnicamente seriam muito melhor pra entender minha proposta).
Mais precisamente três deles. Não há necessidade de expressarmos os nomes uma vez que quando lerem, rapidamente irão se identificar. O fato é ,que quando houve algumas mudanças do segundo semestre(quando eles entraram) no início não pude conheçe-los muito bem, até porque, havia a festa da escola, meu trabalho e o CEFETES anoite, tá tudo bem não estou aqui para me justificar, sei que estou errado em não ter assistido aulas, mas também, como é possível? quando se faz a revolução, não se pode fazer tudo perfeito e ao mesmo tempo, esperava o entendimento e discernimento da parte deles, ainda mais depois da viagem á Itaunas e de todos os elogios e reprocidades derramados perante a mim.
Percebi que era tudo falsidades, que na verdade era uma espécie de revolta por achar que não sei, talvez, eu era a estrelinha da escola que matava aula pra ficar "á toa" e tinha como desculpinha esfarrapada o Grêmio.
Pena que descobri muito tarde.
Como resultado? tive minha reprovação em primeira instância.
Não tenho palavras para expressar minha gratidão para com aqueles que entenderam minha situação( um muleque de 17a que tinha que trabalhar atarde para comer, estudava na escola, era presidente do grêmio, fazia CEFETES anoite acordava as 6h e dormia as 2:00).
Minha decepção era saber que estavam querendo fazer um novo caças as bruxa, como o que aconteçeu a décadas atrás nos EUA.
Eles, queriam me punir pelo fato de não ter asistido algumas aulas, não ter ficado na barra deles o tempo todo e ainda assim ter obtido nota para passar de ano.
Era inaceitável. Isso porque nunca maltratei, faltei com respeito ou coisa do genêro.
Apelaram para a lei, lei estadual que determina que o aluno com mais de 200 faltas perca o ano.
Lei criada com motivos exclusivos de punir aquele aluno que matava aula o ano inteiro, fumava maconha, arrumava briga, xingava professor, etc e que no final do ano fazia o provão e obtia nota pra passar. Este, não é o meu caso.
A maneira como foi levado o meu nome para o conselho, o modo como foi apontado a necessidade de contar falta por falta, a alegação do cumprimento da lei acima de tudo, o julgamento feito no apagar das luzes(sim porque a professora de espanhol não estava), a imparcialidade da diretora(que foi a maior beneficiada pelo grêmio, nós sempre nos aliamos a ela, Inclusive quando quiseram fazer uma greve para tira-la da escola e eu não permiti, afinal quem não lembra da história do madalenismo?, sempre ajudando, muita das vezes tendo que sair de sala para fazer o que ela pedia, porque acreditava ser o melhor para a escola), o veredicto que levou mais alguns alunos para a reprovação, alunos coitados, que também estavam na situação de trabalhar a tarde e fazer curso técnico a noite, tudo isso foi a maior injustiça cometida por alguem.
Graças a Deus que do dia que meu pai morreu em diante eu fiz a promessa de que não aceitaria injustiças e elas não aconteçeram.
No mesmo dia tomei nota e fui recolher todos os atestados que já tinha mostrado pra Vera mas por descuido levei para o trabalho e para o CEFETES e não deixei cópias. Lembrei também que já havia um com ela. No outro dia, apesar de revoltado com tamanha injustiça, com a punição de um bom aluno, de alguem que errou tentando melhorar a escola, que sempre ajudou os alunos e professores ali, que nunca faltou com respeito e que sempre estava pronto pra ajudar, e no fim, saber que alunos mau-educados, maconheiros, bagunçeiros e com tantos outros adjetivos, simplismente passaram.
Fui e levei todos os atestados. Pronto, não haveria alegação nenhuma, é a lei que queriam? a lei estava lá, personificada em forma de atestado.

Alguem sugeriu até que poderia ser falso, que muitos alunos estavam falsificando, mas ai já era demais, Eu? além de tudo um bandido? um falsificador de documentos? isso era inaceitável e não seguiu adiante.
Conclusão, passei! não por favor destes que tentaram até o último minuto acabar com minha vida, com meus estudos no CEFETES, com meu início de estudo na UFES e com tudo o que eu lutei, urrei, para conquistar e sim por que os documentos estavam ali e eram irrefutáveis.
Aos amigos, professores e simpatizantes que entenderam tudo o que tentei fazer, tudo o que consegui fazer e se revoltaram junto comigo mediante aquela situação, muito obrigado! nunca esqueçerei de vocês.
Aqueles que tentaram me prejudicar, um recado:
O mundo gira, não estamos sozinho numa ilha e precisaremos sempre um do outro. Quando vocês precisarem de mim, pode ter certeza que estarei disponível.
Espero que consigam durmir mesmo sabendo que poderiam desgraçar com a vida de uma pessoa por puro capricho.

FELIZ NATAL!
Pedro Luiz

Um comentário:

jean; disse...

infelizmente sempre poderemos contar com a indesejável presença daqueles que não só deixam de prestigiar nossos esforços, como também, por motivos às vezes desconhecidos, vão tentar puxar nosso tapete. apesar do pouco contato, você me parece um cara determinado a fazer bem e o bem. confesso que faço muito menos do que posso pelo bem de alguns ao meu redor (não necessariamente familiares e amigos), pelo mundo. me falta coragem, determinação e força de vontade. quem sabe um dia eu desperte quanto a isso e resolva agir. espero que você cumpra com eficiência ou que pelo menos tente, na medida do possível, realizar o que dispõe a fazer. e que a promessa feita em memória ao seu pai não tenha sido em vão. e sei que não foi. há braços. abraços