sábado, 30 de abril de 2011

Desafios ao II CONJPT: A juventude, o Partido, o Espírito Santo e o Brasil.

Com a aprovação em reunião do DNPT realizado nos dias 29 e 30 de abril de 2011 da convocação do II CONJPT a ser realizado entre os dias 12 e 15 de novembro de 2011, a juventude mostra ao Partido dos Trabalhadores sua unidade e fortalecimento em prol da busca constante de sua emancipação e protagonismo na luta de um partido que se propõe a implantar um novo Brasil com justiça social, distribuição de renda e desenvolvimento, tendo como norte uma sociedade mais igualitária e socialista.

Entretanto, nós da JPT temos agora novos paradigmas para dar respostas a nossa própria organização e a toda sociedade.

A constante busca por nossa emancipação e autonomia, que culminaram no I CONJPT, trazem hoje um novo cenário para nossos militantes, principalmente num momento de consolidação de nossa autonomia: A disputa pela transição geracional dentro do partido e do Estado Brasileiro, além de uma clara necessidade de um projeto de futuro para a juventude.

Desde sua organização em setorial, a Juventude do PT sempre buscou sua autonomia para que ela pudesse dar respostas a inúmeros paradigmas e posturas ao partido de forma qualitativa e contributiva.
Nesta perspectiva, temos um avanço notório e inquestionável, seja pelo I CONJPT, seja pelo fortalecimento do debate de juventude e de PPJ’s no Governo federal, seja pelo fortalecimento e acúmulo do que se desejou chamar de Juventude do PT.

Com tudo isso, o II CONJPT deve ter como norte muito claro à nossa organização. Qualquer debate de consolidação de lideranças, formação de chapas e disputas de ideias para o Congresso da Juventude, sem dúvida deve estar pautado para além do discurso tradicional de unidade e autonomia. A juventude do PT já provou que sabe levar isso acabo com tranquilidade e maturidade. A organização de nosso segundo congresso, tem que trazer esta unidade e autonomia para garantir que consigamos enxergar o partido para além de correntes ou disputas e  para alem do fortalecimento individual.

É preciso ter a clareza e seriedade na análise de que é preciso se ter uma juventude que é identificada com a luta de seu tempo e age na formulação e construção para garantir que o projeto democrático popular protagonizado pelo PT, tenha oxigenação e avanços constantes. Isso só ocorrerá quando a unidade se traduzir num sentimento de grupo que formule e planeja sua intervenção para dentro do PT nos próximos anos.

O modelo de tratar a juventude única e exclusivamente como grupo de mobilização ou de organização e ajuda de campanha eleitoral deve se findar para que consigamos levar a juventude do PT a um patamar em que ela consiga estar inteiramente inserida nas políticas, formulações e ações do Partido dos Trabalhadores e assim trazermos as soluções para os novos paradigmas que o projeto de revolução democrática capitaneado pelo PT necessita.

O fortalecimento de uma economia global em que o sistema financeiro de crédito internacional, o marketing mundial e a virtualização das manifestações através das redes sociais provocadas pelo avanço do capitalismo e do consumo, trazem desafios para a organização do PT que só serão solucionados pela própria geração que vivência estas mudanças – Nossa Juventude.

Desta forma, não será possível ao Partido dos Trabalhadores ampliar sua hegemonia política e cultural, sem dialogar com a camada que dentre alguns anos deverá se tornar a camada dominante na sociedade. Não é preciso falar que hoje no Brasil temos mais de 50 milhões de jovens que vivenciam e se indagam diante de inúmeros acontecimentos que pelo dinamismo, o PT não consegue trazer respostas e não consegue dialogar para disputar e pautar as ideias deste grupo que hoje está em plena efervescência.

Só com a abertura do Partido e de suas instâncias para uma juventude organizada e que tem um norte na aproximação e disputa desta sociedade de hoje e de amanhã, é que poderemos reverter este quadro. A oxigenação e o alargamento da democracia no PT, protagonizada pela juventude e por suas respostas a estes paradigmas, é que torna possível garantir o partido constante no rumo de um projeto de esquerda, democrático e de massas.

Por tudo isso, o II CONJPT só terá sucesso se a juventude e seus protagonistas conseguirem se colocar na formação e formulação de um projeto de inserção da juventude nas instâncias formuladoras e deliberativas do PT, em que a mesma possa garantir a transição de seus quadros e o avanço no debate das ideias e da vontade de lutar.

Pedro Teixeira

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