*Pedro Teixeira
O Partido
dos Trabalhadores floresceu sob a égide de se tornar uma alternativa
política as elites e governantes que desprezando a vontade popular,
se mantinham no poder apenas pelo status quo.
Mais de
30 anos se passaram desde sua fundação e tal paradigma se mantém
vivo como nunca. É bem verdade que os 10 anos do PT à frente do
Governo Federal mudaram realidades. O Estado Brasileiro se
fortaleceu, as instituições republicanas se consolidaram e
definitivamente há uma nova classe política disputando a luta
hegemônica com aqueles que secularmente impõem suas vontades para o
povo Brasileiro.
Entretanto,
10 anos à frente do Governo Federal, foram suficientes para o
partido perceber que para mudar o Brasil, é necessário mais do que
apenas se manter à frente da Presidência da República. Era preciso
alcançar uma maioria no Congresso para governar o País.
Todo esse
zig-zague político, nos fez adquirir a maior base aliada da história
de nosso País. Somados ao Campo Democrático Popular, apareceram
inúmeros outros partidos que vendo esvaziado o núcleo do poder
Tucano, viram como oportunidade aderir à base do atual Governo.
Em nome
da governabilidade e relevando as insuficiências programáticas,
cada eleição municipal desde 2002, levou o Partido dos
Trabalhadores a tomar como postura a renúncia de diversos municípios
e governos estaduais em nome da continuidade da administração
federal.
2012 é
um ano histórico. Para além das superstições holísticas que o
ano nos remete, 2012 deixou claro a necessidade do partido fortalecer
a estratégia de retomar o modo petista de governar que se iniciou
com enorme sucesso nas Prefeituras Municipais. Governos pioneiros
como de Olívio Dutra e o orçamento participativo em Porto Alegre,
serviram de base para acumularmos condições de construir, elaborar
e implementar políticas públicas de alcance nacional.
Da mesma
forma, 2012 deixou claro a falta de ambiência programática que
muitos partidos da base aliada, possuem em relação à visão
ideológica que o PT implanta na sociedade. Tais fissuras, deixam
claro que 2014 não será um ano de estabilidade e continuidade do
jogo político-eleitoral iniciado por LULA. Pelo contrário, será um
ano, em que a depender do desempenho que tivermos nestas eleições
municipais, as fissuras expostas na base aliada, deverão se
consolidar de forma a se constituir uma nova candidatura à
Presidência da República diferente da candidatura petista e da
oposição.
Uma
candidatura que por nascer de nossa base aliada, trará enormes
problemas de esvaziamento político e ideológico para adentrar na
trincheira do vale tudo em nome das amarrações fisiológicas.
Neste
ambiente, é fundamental o Partido dos Trabalhadores garantir
Vitórias nas eleições Municipais como na Cidade de Vitória e
retomar a prevalência das discussões programáticas de rumos das
nossas cidades que se encontram a cada dia em crise pelo trânsito e
por sistemas anti-sustentáveis que excluem as pessoas em detrimento
da especulação imobiliária e do lucro.
Vitória
passou 8 anos sendo administrada pelo PT e provou que onde o PT
governa dá certo. Inúmeros são os prêmios recebidos pela Capital
que comprovam essa ideia.
Uma das
melhores gestões fiscais entre os municípios do Brasil, um dos
maiores investimentos nas áreas sociais do orçamento, a melhor
capital em qualidade de vida, diminuição da pobreza e da
desigualdade, um dos melhores orçamentos participativos do Brasil, o
melhor sistema de saúde entre as capitais do Brasil, o melhor
mecanismo de participação social do Espírito Santo com mais de 24
Conselhos Municipais em parceria com a sociedade civil, a maior
redução de homicídios e de violência do Espírito Santo, sendo
hoje uma das melhores cidades para se viver.
Situação
muito diferente da encontrada pelo PT e pelo prefeito João Coser em
2005 quando assumimos a prefeitura da mão de Luiz Paulo Veloso Lucas
e do PSDB.
Cenas
como o funcionalismo público sem plano de carreira, ausência de
concursos públicos, prédios e estrutura dos serviços públicos
sucateados, Sub loteamento da política de Assistência Social,
Baixíssimo investimento no desenvolvimento humano, social e na
saúde, bem como a gritante necessidade de obras em infra-estrutura
eram situações rotineiras.
O PT
portanto, não só possui uma estratégia de nação, soberania e
desenvolvimento para o Brasil, como consegue traduzi-la em qualidade
de vida, participação social, democracia e boa gestão em nossas
cidades.
Garantir
a continuidade desse projeto com IRINY LOPES para Prefeita é Amar a
cidade de Vitória. É não permitir retrocessos e a volta da
política que o PT há mais de 30 anos combate. A política das
elites e de governantes que desprezam a vontade popular e a
democracia.
*Pedro Teixeira é Secretário Estadual da Juventude
do PT no Espírito Santo.
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